sexta-feira, 3 de junho de 2011
Falta de dinheiro, peso e saudades.
Eu não sei por quanto tempo mais eu vou aguentar ser sustentada.
Muitas pessoas na minha idade já se viram muito bem sozinhas.
Minha desculpa é ser uma pessoa acadêmica, mas o que esperam de mim hoje, é que eu seja uma linda, saudável e auspiciosa sementinha, que com um pouquinho de água, um tantinho de adubo e um pedacinho de sol, cresça e dê frutos maravilhosos, de preferência banhado a ouro, e que brotem imediatamente daqui a um ano.
"Nós não aceitamos frutas estragadas, mocinha, trate de trucidar essas ervas daninhas."
- Eu não quero ser coletada, senhor, eu quero ser uma árvore.
"Você é uma semente, e vai crescer onde eu te colocar."
- Eu tenho a ajuda dos ventos, eles me carregam e me levam pra longe daqui.
"Sementes não pensam."
- Vá pra puta que lhe pariu.
O maior sonho da minha vida é não ter que dar satisfação pra ninguém sobre nada.
No dia que eu conseguir isso, vou pegar meu charuto, meu conhaque, me sentar perto da lareira, ouvir Carmina Burana e minha alma vai chorar glitter dourado.
Porque tem poucas coisas nessa vida que me aborrecem mais do que isso.
E eu sou mais chata que horário eleitoral em casa de pobre que não tem tv por assinatura.
Eu não quero fazer essa merda que eu tô fazendo.
Eu não quero viver essa porcaria de vida que eu prevejo.
E se eu quiser ser semente pra sempre? Se eu quiser, eu vou, e pronto.
Mas eu não sei quanto tempo mais vou aguentar esse tanto de coisa acontecendo de uma vez só, me cansando sem eu sentir de onde essas coisas estão me atingindo, quando eu percebo, tô em baixo de uma pilha de coisas que não fazem sentido pra mim.
Amigos, eu tô fugindo.
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