terça-feira, 30 de outubro de 2012
Bem aqui.
Eu queria saber ser assim, eu juro.
Talvez eu fosse, se por acaso eu não estivesse amarrada.
Acho que a maldição foi transferida pra mim.
E o que eu fiz? Acolhi sem pensar nas consequências.
Queria que passasse, desencantasse, fosse embora.
Mas já faz tanto tempo e vai ficando cada vez mais impossível.
Mas eu já vivi tempo suficiente pra saber que pouco importa o tempo.
Quando tiver que passar, passa.
Às vezes em um mês, às vezes em um milhão de anos.
Não tem regra, não tem controle.
As coisas são o que são, e às vezes, só são tristes.
A gente procura sentido, procura mensagem oculta, mas na maioria das vezes não é nada.
Nada é exatamente o que é;
Nada.
E o nada é uma palavra procurando tradução.
Eu me pergunto o que eu fiz pra merecer isso. Merecer nada.
É chato, é incômodo, não passa nunca e é alto.
É insuportavelmente alto. Grita no meu ouvido e explode diante dos meus olhos.
Quanto vai me custar deixar de querer?
Eu pagaria. Eu juro.
E dói como o inferno. E arde e grita e explode.
Tento me acalmar pensando no que passou e em quão inútil é sofrer pelo que vai sumir.
E imediatamente o medo vem.
O medo da persistência, o medo da permanência.
Meu Deus como faz tempo!
Sai daqui!
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