sexta-feira, 12 de julho de 2013
outubro e abril
"O que se adia não será cumprido depois.", já dizia o Carpinejar, aquele filho da puta.
Foda, esse Carpinejar.
E é nisso que eu to pensando.
É nisso que eu penso o tempo inteiro.
Falar é tão difícil. Daí eu escrevo pra cacete.
Escrevo pra espalhar, pra ficar por aí, pra não se apagar.
O que a gente fala some. O que a gente ouve, esquece.
Mas o que a gente lê, cria raíz, pode ser revisitado, não muda com o tempo, não sofre com a falta de memória.
O que a gente escreve fica.
E é por isso que é preciso ter cuidado. É preciso ter cuidado com o que você quer que fique.
É preciso precaução ao pensar nas coisas que você quer que não sumam no tempo.
Eu vou embora, mas o que eu escrevi vai ficar.
O que eu sinto, todo o medo, toda a agonia, todo o amor que existe em mim, pode desaparecer em algum momento, mas essas palavras vão ficar.
E às vezes ficam pra assombrar; às vezes ficam pra arrancar um sorriso besta.
Mas ficam.
É só o que fica.
E isso é tudo o que eu aprendi da vida até então.
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