sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Passageiro


Tristezinha véia safada que me acompanha aonde quer que eu vá..
Muuuita vontade de ir pra casa.. muita mesmo..
Mas qual o propósito?
Pelo menos aqui eu tenho a desculpa de estar longe.
Sempre dá pra culpar a distância no fim das contas.  Sempre dá.
Mas minha alma grita de saudade de tudo o que eu sempre achei ordinário mas que agora ganhou uma importância e um valor absurdo.
Tome na cara, Sanoyara. Tu merece, fia.
Mas eu sei que é passageiro. É tudo passageiro nessa merda.

Pensando um monte de coisa.
Concluindo nada.
Achei que não sabia lidar, mas eu soube.
Talvez eu também saiba lidar com todas as outras coisas que eu tenho certeza que não sei lidar, também.
No fim das contas, a gente só sabe se tentar.
Mas, mais uma vez, não vejo ninguém afim de se molhar.

2012.
Grandes merda, hein, Brasil?
Quero minha mãe.
Serião.
Quero tudo o que é familiar, e quando eu tiver tudo o que é familiar, vou querer tudo o que for novo e estranho.
Porque é assim que eu sou e tá tudo certo, embora doa.
Eu sei que há formas bem mais fáceis de resolver toda essa situação, mas não hei de resolver, porque eu sou eu e você é você.
A gente sabe o que é certo, a gente sabe o que quer, a gente só tem medo de agir, porque as consequências são sempre desconhecidas.
Nunca se sabe o que a gente vai ouvir.
Eu sei bem disso.
Eu sei de nada.

E já que é de praxe, se é pra desejar alguma coisa nesse novo ano, eu desejo um rumo.
É isso.
Pra 2012,
um rumo,
um remo,
e força pra atravessar o rio sozinha.


"Mas já não sei se quero
Pois o teto 
Sempre cai em mim
É melhor ter ninguém..."





É melhor ter ninguém - Gram

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