terça-feira, 29 de novembro de 2011

Boston


Eu tenho um conselho pra você que acha que essa coisa de romancezinho não é pra você:
Não é mesmo.
Fique longe, não se arrisque, não faça nada que possa te tirar da zona de conforto.
Nada de bom vai te acontecer, mas nada de ruim vai te tocar.
Uma vez que você abaixa seus muros, se fodeu pra toda uma vida.
Logo eu.
Mereço todos os castigos do mundo, eu sei disso, mas eu não mereço mentira, uma vez que pequei pela verdade.
Me matando com pinça. Me difamando.
Às vezes me pergunto se era melhor ficar calada.
Às vezes me pergunto se era melhor abrir mão.
Ainda tem tempo pra eu abrir mão.
Sempre fui boa sozinha, sei que posso fazer isso até meu último dia aqui.
Porque ultimamente nada bom é realmente bom, e eu sei que eu poderia escolher não me importar.
Quantos corações eu vou partir pra sair desse buraco?
Não sei.
Mas eu tenho que dar um jeito porque o meu.. o meu, tanto faz.
Preciso ir embora, to morrendo em doses homeopáticas todo santo dia.
E ninguém parece perceber.
Mas quem sou eu pra pedir pela piedade de alguém?
Da próxima vez, eu vou me lembrar de não escutar nenhum conselho, de me manter na minha caverna, onde as coisas eram chatas e fáceis, e eu não magoava ninguém e só.
Agora eu ando de cabeça baixa, meu castigo é acordar todo santo dia pra fazer o que eu devo fazer até sabe Deus quando.
Deus.
Eu preciso Dele.
Se eu tiver coragem de importunar mais alguém, talvez seja Ele.
Parece que me vendaram, me rodaram e me deixaram só.
E a culpa é minha.
Quero sair da minha pele, mas sei que não é possível.
A vida tá estragada, mas eu ainda posso dormir e fugir do barulho.
Eu não deveria chorar.





"Ela diz eu acho que vou para Boston...
Acho que vou começar uma nova vida,
Acho que vou começar de novo, onde ninguém sabe meu nome"

Boston - Augustana

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